E-mail Marketing, Oportunismo ou Oportunidade?

Desde que a internet popularizou-se na década passada, foi natural e gradual a migração de ações de mala-direta, entre outras de marketing direto, do papel para a net. Com esta nova tecnologia novas questões também passaram a circular por entre os usuários do marketing de relacionamento para prospectar, gerir e analisar carteiras de clientes de empresas varejistas, e não varejistas também.

Os disparos de e-mail marketing eram muito mais baratos do que postagens de mala-direta, o que tornava este marketing one-to-one mais viável para as pequenas empresas e mais ágeis para as grandes, que já se beneficiavam desta forma de relacionamento com suas carteiras de clientes.

Mas mais do que valores de investimento, mudou a possibilidade de se praticar marketing direto, através de e-mail marketing, a amplitude de possibilidades de se relacionar e conhecer melhor sua carteira de clientes. E por que não tirar proveito disso através de ofertas mais direcionadas e a prática sadia do Up e Cross Selling – quando se maximiza a ação promocional, através do casamento de interesses ou ofertas complementares.

Uma ação de e-mail marketing só existe se houver uma base de destinatários, montada ou comprada. Não importa. Mas que traz dentro dela várias informações sobre os destinatários, que se organizadas e analisadas com olhar de Segmentação de Mercado permite ao gestor de marketing conhecer mais sobre seus clientes, seus hábitos, interesses e demandas, o que favorecerá em uma organização mercadológica do negócio mais próxima da otimização.

Atualmente existem várias regras que regulam os disparos de e-mail marketing e em paralelo a elas, ferramentas de disparos eficientes, que propiciam ao gestor de marketing gerir suas campanhas de promoção ou comunicação de forma cada vez mais direta, já que através delas solicitações de descadastramento de listas ou suspensão de envio de campanhas de oferta, são geridas automaticamente pela ferramenta, respeitando o direito de opt-out a que cada um dos destinatários faz jus.

Mas o mais importante desta “mala direta moderna” e on line, é a possibilidade que se abre aos usuários do e-mail marketing de usa-la como ferramenta de segmentação de mercado para gerir sua carteira de clientes. Possibilitando práticas que chegam a maximizar os recursos de marketing das empresas, aumentando as possibilidades de vendas, o que também é uma vantagem para as empresas, e até uma vantagem para os destinatários das campanhas de e-mail marketing, já que podem optar por cessar ou não a continuidade daquela abordagem, e no caso do interesse no recebimento da comunicação enviada, ter a possibilidade de passar a receber ofertas e comunicações que sejam de seu interesse. Possibilidade que a tecnologia on line traz através da gestão dos links de cada campanha.

Se estes benefícios não fossem suficientes para a prática do e-mail marketing responsável e eficaz, podemos colocar ainda nesta cesta a possibilidade que o cruzamento de dados de mailings oferece ao serem cruzados com bases de clusters de hábitos de consumo pré-definidos, pelo qual o gestor do marketing pode conhecer as demandas, como falei acima, mas também conhecer os hábitos de consumo de seus destinatários, gerando com isso uma base de dados rica e que traz informações preciosas para a gestão do marketing do negócio. É a tecnologia sendo usada de forma prática para o benefício dos negócios.

Concluindo, temos para campanhas de e-mail marketing responsáveis e eficazes a possibilidade de crescer os resultados das vendas, não só através de ofertas, mas também por possibilitar a uma gestão e análise da carteira de clientes utilizando-se da Segmentação de Mercado de Prateleira.

Luis Vicente Bella Furquim, administrador de marketing, jornalista e diretor do Grupo Verde de Soluções para o Trade Marketing (www.morroverde.net.br)